Sob o comando de Harzard e Lukaku, Bélgica atropela a Tunísia em Moscou
“Geração Belga” brilha, mostra a força de seu jogo coletivo, dispara na liderança do Grupo G e espera Inglaterra para confirmar primeiro lugar da chave
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- Vicente Almeida
- Esportes
- 23 Junho 2018 - 11:10
Contando com o talento daquela que é considerada sua maior geração em todos os tempos, a Bélgica não deu chances para zebras, dominou a partida e goleou a Tunísia por cinco a dois, neste sábado, em Moscou. O que se viu no campo do Spartak foi um passeio tático do time de Roberto Martínez. Consciente do que precisaria fazer para vencer a partida, os jogadores da “Geração Belga” se mantiveram tranquilos e não sofreram qualquer tipo de pressão. Pelo contrário, administraram a partida e foram fazendo os gols na medida em que o tempo foi passando. Com dois gols de Hazard, dois de Lukaku e um de Batshuayi, os belgas deram um passo gigantesco para terminar a primeira fase na liderança do Grupo G. Bronn e Khazri diminuíram para a seleção africana.
VOLUME OFENSIVO, PÊNALTI COM VAR E ARTILHARIA DE LUKAKU
A primeira etapa começou acelerada. O que seria a regra do jogo na primeira metade. Logo aos dois munutos a bola espirrou na ponta direita e obrigou o goleiro tunisiano a sair de carrinho e jogar a bola pela linha lateral. Na sequência Meunier arrisca fora da área e coloca o goleiro para trabalhar novamente. Meunier lançou Hazard, que deixou a bola passar até De Bruyne. O volante devolveu para Hazard que escapou pela direita e foi derrubado na linha da grande área. Pênalti que o árbitro Jair Marrufo confirmou após consultar o VAR (sistema eletrônico de auxílio à arbitragem). O próprio meia belga foi para a cobrança e bateu no canto direito, deslocando Ben Mustapha para colocar a Bélgica na frente, aos cinco minutos de jogo.
Mesmo com o gol, a Bélgica não dava espaço para a Tunísia jogar. Lukaku recebeu de Meunier no lado direito, o atacante bateu rasteiro para boa defesa de arqueiro. Mertens roubou a bola no meio campo, fez boa descida pela direita e achou Lukaku na entrada da grande área, o atacante belga ganhou na velocidade, ajeitou o corpo e bateu cruzado de perna esquerda, para fazer o segundo gol da Bélgica, sem chances para Ben Mustapha. A seleção da Tunísia tentava não se abater após sofrer novo revés no placar. Khazri saiu pela esquerda e sofreu falta. Na cobrança, Bronn subiu em meio a zaga para cabecear no canto esquerdo de Courtois e diminuir, em Moscou.
Após diminuir o placar, o time africano passou a buscar o empate. Badri recebeu lançamento dentro da área e deixou de calcanhar para Youssef, mas Vertonghen se antecipou e cortou. Como adiantou seu meio campo, na tentativa de criar mais oportunidades de gols, acabou deixando espaços pra o time belga trabalhar. O time africano tentava melhorar na partida Naguez entregou para Khaziri arriscar, mas a bola foi para fora. O mesmo Naguez tentou ataque pela direita, a bola sobrou para Sassi que arriscou e perdeu a chance. Khaoui encontrou Khaziri que bateu com efeito, de muito longe, e obrigou o goleiro Courtois a fazer boa defesa.
Depois de perder o autor de seu gol, que torceu o joelho e foi substituído por Naguez, a Tunísia teve que mexer mais uma vez e trocou o zagueiro Ben Youssef por Benalouane. No apagar das luzes do primeiro tempo, duas boas chances para o time da Bélgica. Primeiro, Meunier roubou a bola e deixou para Hazard que achou De Bruyne na direita. O meia cruzou rasteiro, a bola cruzou a área levando perigo ao gol. Depois, Maaloul deu de presente para Meunier que tabelou com De Bruyne e lançou para Lukaku. Um dos artilheiros da Copa, o camisa nove passou em velocidade, no meio dos zagueiros, e tocou na saída de Mustapha para fazer o terceiro gol belga na partida.
LINHA ERRADA DA TUNÍSIA, PASSES VERTICAIS E INFILTRAÇÃO BELGA NA SEGUNDA ETAPA
A seleção da Tunísia voltou do intervalo disposta a buscar o jogo. O técnico Nabil Maaloul adiantou a linha de marcação para tentar prender os belgas em seu próprio campo. Porém, fazer isso contra um time que tem a velocidade e o jogo de infiltração como algumas de suas principais características pareceu suicídio. Apesar da troca de passes do time africano no campo de ataque, o talento da linha de frente dos belgas fazia a diferença. De Bruyne, do campo de defesa, fez excelente lançamento para Hazard. Em velocidade, o camisa dez deu um toque de perna esquerda para limpar o goleiro e sob a vigilância dos zagueiros empurrar para o gol vazio. Era o quarto gol da Bélgica em Moscou. Um castigo para o time da Tunísia que tentava melhorar as ações de seu time na segunda etapa.
Os belgas jogavam com facilidade. Mertens lançou Hazard que fez o corta luz para Carrasco, o volante cruzou e a zaga africana cortou. Mais tarde, Carrasco, novamente, mandou uma bomba de fora da área, o goleiro Mustapha foi no lance e não alcançou. A bola foi para fora. Com as saídas de Lukaku e Hazard, o time da Bélgica diminuiu a intensidade de suas ações ofensivas e passou a administrar o placar. Mesmo assim, nas jogadas de contra-ataque ainda produziu grandes oportunidades. Batshuayi recebeu lançamento no comando de ataque, tabelou com De Bruyne, entrou na área sozinho e deslocou o goleiro, mas o zagueiro Meriah tirou em cima da linha. Na sequência, Carrasco chutou forte, Mustapha bateu roupa e a bola sobrou para o mesmo Batshuayi que encheu o pé. A bola explodiu no travessão, bateu no chão e saiu. O dia parecia não ser do camisa vinte e dois da Bélgica.
Após grande lance de De Bruyne pela esquerda, ele bateu à queima roupa, de dentro da pequena área e viu o goleiro tunísio, Ben Mustapha, fazer uma defesa espetacular. Mais uma vez, impedindo o quinto gol belga. Porém, depois de tanta insistência, Tielemans levantou do lado esquerdo da grande área e Batshuayi chegou batendo cruzado para, finalmente, vencer o bravo goleiro tunisiano e marcar seu gol na partida, o quinto da Bélgica. O atacante ainda teve tempo de receber na entrada da área e bater à esquerda do gol africano. No último lance da partida, Ben Youssef achou Naguez na direita, o lateral direito cruzou rasteiro para Khazri que errou o chute e acabou matando Courois na jogada. Mansamente, a bola entrou no canto esquerdo do goleiro belga.
PRÓXIMA PARTIDA
Líder do Grupo, a Bélgica encerra sua participação na primeira fase, na próxima quinta, dia 28, quando enfrenta a Inglaterra, às 15h00, em Kaliningrado, na partida que deve decidir a liderança da chave. A Tunísia, cumpre tabela contra a seleção panamenha, no mesmo horário, em Saransky.
FICHA TÉCNICA
BÉLGICA 5 X 2 TUNÍSIA
Local: Spartak Stadium - Moscou
Data: 23 de junho de 2018 (Sábado)
Horário: 09h (de Brasília)
Árbitro: Jair Marrufo (USA)
Gols: Eden Hazard 06’/1ºT e 06’/2ºT, Romelu Lukaku 16’/1ºT e 48’/1ºT, Michy Batshuayi 45’/2ºT (Bélgica); Dylan Bronn 18’/1ºT e Wahbi Khazri 48’/2ºT (Tunísia)
Cartões amarelos: Ferjani Sassi (Tunísia)
BÉLGICA: Thibaut Courtois; Toby Alderweireld, Dedryck Boyata e Jan Vertonghen; Thomas Meunier. Kevin De Bruyne, Axel Witsel e Yannick Carrasco; Dries Mertens (Youri Tielemans), Eden Hazard (Michy Batshuayi) e Romelu Lukaku (Marouane Fellaini)
Técnico: Roberto Martínez
TUNÍSIA: Farouk Ben Mustapha; Dylan Bronn (Hamdi Naguez), Syam Ben Youssef (Yohan Benalouane), Yassine Meriah e Ali Maâloul; Saif-Eddine Khaoui, Ellyes Skhiri e Ferjani Sassi (Naïm Sliti); Fakhreddine Ben Youssef, Anice Badri e Wahbi Khazri
Técnico: Nabil Maaloul