Dinamarca segura pressão peruana e sai na frente pela vaga nas oitavas
Apesar da presença de Paolo Guerrero, peruanos pecam nas finalizações não conseguem passar pela barreira do goleiro Kasper Schmeichel
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- Vicente Almeida
- Esportes
- 16 Junho 2018 - 15:26
Um jogo animado. Quem esperava que a partida entre Peru e Dinamarca fosse monótona, certamente se surpreendeu com as emoções protagonizadas pelas duas equipes, nesse sábado, em Saransky. É verdade que boa parte dessas emoções foram por causa da desorganização tática das duas equipes. Do lado sul americano, problemas de finalização, erros bisonhos na saída de bola e falta de cobertura nas laterais deram a tônica dos espaços deixados pelos jogadores de Carlos Gareca. Do lado dinamarquês, apesar do bom posicionamento defensivo, o time sofreu para criar chances ofensivas, principalmente quando os adversários adiantaram a marcação, deixando os atletas de Age Hareide jogando basicamente no contra ataque.
VAR EM AÇÃO NOVAMENTE E PÊNALTI ‘À LA ROBERTO BAGGIO’ DE CUEVA
Embalado pela força da torcida, que fez grande festa no estádio de Saransky, o time peruano iniciou a partida a mil por hora. Logo aos sete minutos Yotún arriscou da intermediária e obrigou o goleiro Schmeichel a fazer grande defesa, o que se repetiu aos 12 quando o goleiro evitou o gol de Carillo. A seleção peruana era melhor e tentava abrir caminho para fazer o tão sonhado gol que não acontece faz 36 anos em Copas do Mundo, porém, com o passar do tempo, a Dinamarca impôs sua marcação e controlou as ações, tocando a bola e assustando o goleiro peruano. Tápia cometeu falta em Sisto e recebeu cartão amarelo. Na cobrança, Eriksen bateu na barreira, na sequência Schöne emendou para defesa de Gellese. Cueva tabelou com Advíncula, cortou o zagueiro e foi derrubado. O árbitro gâmbio mandou seguir o lance, mas foi consultar o VAR (sistema eletrônico de auxílio à arbitragem) e voltou atrás, confirmando o pênalti para a equipe sul-americana, o que gerou uma tímida reclamação dos dinamarqueses. O próprio Cueva, que era uma das principais opções de jogo do meio campo peruano, foi para a cobrança com direito a paradinha, deu uma de Roberto Baggio e isolou a bola por cima do gol.
PRESSÃO PERUANA, GUERRERO EM CAMPO E VITÓRIA DINAMARQUESA
A seleção peruana buscava pressionar a Dinamarca que respondia na medida do possível, tentando não desorganizar sua defesa. Justamente, por isso, aos oito minutos Sisto recebeu no campo de defesa, organizou o contra ataque e lançou Eriksen. O meia achou Poulsen no lado esquerdo, o atacante dinamarquês entrou sozinho e bateu na saída de Gallese para colocar o time nórdico na frente do placar. A equipe peruana tentou assimilar o golpe rapidamente e, logo na sequencia, Édison Flores recebeu de Cueva e bateu com força para uma defesa espetacular do goleiro Schmeichel. Aos dezessete minutos, o técnico Gareca finalmente colocou Paolo Guerrero em campo. Protagonista de um dos principais assuntos no período antes da Copa do Mundo, o atleta do Flamengo conseguiu liberação da justiça para disputar a Copa do Mundo. No primeiro lance que participou, o atacante fez o pivô para Carillo, que devolveu para Guerrero cabecear para boa defesa do goleiro europeu.
A movimentação do time sul americano melhorou com a mexida no ataque, entretanto, assim como no primeiro tempo, Farfán seguia perdendo seguidas oportunidades. Atacando em bloco e com as linhas de marcação adiantadas, a equipe peruana pressionava, mas deixavas espaços para os contra ataques dinamarqueses. Cueva avançou pela esquerda da área, ciscou par cima do marcador e tocou para Guerrero que, de costas para a meta, emendou de calcanhar e quase marcou um golaço em Saransk. Em seguida, foi a vez de Eriksen roubar a bola e tocar na marca do pênalti para Jorgensen que bateu em cima do defensor adversário. O dia parecia ser mesmo do goleiro Schmeichel. Aos 38, foi a vez de Advíncola rolar para Fárfan completar e ver o goleiro, mais uma vez, evitar o gol de empate. Dois minutos depois, a equipe peruana saiu jogando errado, uma tônica do segundo tempo, e Eriksen emendou uma bomba que o goleiro Gallese salvou com o peito. Nos acréscimo, Guerrero lançou Cueva na esquera, o meia chutou de primeira e mandou para fora.
Após a partida, o técnico Gareca falou sobre o comportamento de sua equipe em campo. – Foi um jogo complicado. Criamos muitas oportunidades, tentamos chegar ao gol de todas as formas e não conseguimos aproveitar. Criamos bastante e infelizmente fomos infelizes. Agora, é pensar na seleção da França, na próxima semana. Essa partida já foi - finalizou.
PRÓXIMA PARTIDA
Para abrir vantagem em cima dos peruanos, a Dinamarca enfrenta a Austrália, na quinta, dia 21, às 9h00, em Samara. O time de Paolo Guerrero tentará se recuperar também no dia 21, quando encara a França, ao meio dia, em Iekaterinburgo.
FICHA TÉCNICA
PERU 0 X 1 DINAMARCA
Local: Mordovia Arena - Saransk
Data: 16 de junho de 2018 (Sábado)
Horário: 13h (de Brasília)
Árbitro: Bakary Gassama (GMB)
Gols: Yussuf Poulsen 13’/2ºT
Cartões amarelos: Renato Tapia (Peru), Thomas Delaney e Yussuf Poulsen (Dinamarca)
PERU: Pedro Gallese; Luis Advíncula, Christian Ramos, Alberto Rodriguez e Miguel Trauco; Yoshimar Yotún, Renato Tapia (Pedro Aquino), Edison Flores (Paolo Guerrero), Christian Cueva e André Carrillo; Jefferson Farfán (Raúl Ruidíaz)
Técnico: Ricardo Gareca
DINAMARCA: Kasper Schmeichel; Jens Stryger Larsen, Anders Christensen (Mathias Jørgensen), Simon Kjaer e Henrik Dalsgaard, Thomas Delaney, William Kvist (Lasse Schöne), Pione Sisto (Martin Braithwaite), Christian Eriksen e Yussuf Poulsen; Nicolai Jorgensen
Técnico: Age Hareide