Dinamarca segura pressão peruana e sai na frente pela vaga nas oitavas

Apesar da presença de Paolo Guerrero, peruanos pecam nas finalizações não conseguem passar pela barreira do goleiro Kasper Schmeichel

 

 

Um jogo animado. Quem esperava que a partida entre Peru e Dinamarca fosse monótona, certamente se surpreendeu com as emoções protagonizadas pelas duas equipes, nesse sábado, em Saransky. É verdade que boa parte dessas emoções foram por causa da desorganização tática das duas equipes. Do lado sul americano, problemas de finalização, erros bisonhos na saída de bola e falta de cobertura nas laterais deram a tônica dos espaços deixados pelos jogadores de Carlos Gareca. Do lado dinamarquês, apesar do bom posicionamento defensivo, o time sofreu para criar chances ofensivas, principalmente quando os adversários adiantaram a marcação, deixando os atletas de Age Hareide jogando basicamente no contra ataque.

 

 

VAR EM AÇÃO NOVAMENTE E PÊNALTI ‘À LA ROBERTO BAGGIO’ DE CUEVA

 

Embalado pela força da torcida, que fez grande festa no estádio de Saransky, o time peruano iniciou a partida a mil por hora. Logo aos sete minutos Yotún arriscou da intermediária e obrigou o goleiro Schmeichel a fazer grande defesa, o que se repetiu aos 12 quando o goleiro evitou o gol de Carillo. A seleção peruana era melhor e tentava abrir caminho para fazer o tão sonhado gol que não acontece faz 36 anos em Copas do Mundo, porém, com o passar do tempo, a Dinamarca impôs sua marcação e controlou as ações, tocando a bola e assustando o goleiro peruano. Tápia cometeu falta em Sisto e recebeu cartão amarelo. Na cobrança, Eriksen bateu na barreira, na sequência Schöne emendou para defesa de Gellese. Cueva tabelou com Advíncula, cortou o zagueiro e foi derrubado. O árbitro gâmbio mandou seguir o lance, mas foi consultar o VAR (sistema eletrônico de auxílio à arbitragem) e voltou atrás, confirmando o pênalti para a equipe sul-americana, o que gerou uma tímida reclamação dos dinamarqueses. O próprio Cueva, que era uma das principais opções de jogo do meio campo peruano, foi para a cobrança com direito a paradinha, deu uma de Roberto Baggio e isolou a bola por cima do gol.

 

 

PRESSÃO PERUANA, GUERRERO EM CAMPO E VITÓRIA DINAMARQUESA

 

A seleção peruana buscava pressionar a Dinamarca que respondia na medida do possível, tentando não desorganizar sua defesa. Justamente, por isso, aos oito minutos Sisto recebeu no campo de defesa, organizou o contra ataque e lançou Eriksen. O meia achou Poulsen no lado esquerdo, o atacante dinamarquês entrou sozinho e bateu na saída de Gallese para colocar o time nórdico na frente do placar. A equipe peruana tentou assimilar o golpe rapidamente e, logo na sequencia, Édison Flores recebeu de Cueva e bateu com força para uma defesa espetacular do goleiro Schmeichel. Aos dezessete minutos, o técnico Gareca finalmente colocou Paolo Guerrero em campo. Protagonista de um dos principais assuntos no período antes da Copa do Mundo, o atleta do Flamengo conseguiu liberação da justiça para disputar a Copa do Mundo. No primeiro lance que participou, o atacante fez o pivô para Carillo, que devolveu para Guerrero cabecear para boa defesa do goleiro europeu.

 

A movimentação do time sul americano melhorou com a mexida no ataque, entretanto, assim como no primeiro tempo, Farfán seguia perdendo seguidas oportunidades. Atacando em bloco e com as linhas de marcação adiantadas, a equipe peruana pressionava, mas deixavas espaços para os contra ataques dinamarqueses. Cueva avançou pela esquerda da área, ciscou par cima do marcador e tocou para Guerrero que, de costas para a meta, emendou de calcanhar e quase marcou um golaço em Saransk. Em seguida, foi a vez de Eriksen roubar a bola e tocar na marca do pênalti para Jorgensen que bateu em cima do defensor adversário. O dia parecia ser mesmo do goleiro Schmeichel. Aos 38, foi a vez de Advíncola rolar para Fárfan completar e ver o goleiro, mais uma vez, evitar o gol de empate. Dois minutos depois, a equipe peruana saiu jogando errado, uma tônica do segundo tempo, e Eriksen emendou uma bomba que o goleiro Gallese salvou com o peito. Nos acréscimo, Guerrero lançou Cueva na esquera, o meia chutou de primeira e mandou para fora.

 

Após a partida, o técnico Gareca falou sobre o comportamento de sua equipe em campo. – Foi um jogo complicado. Criamos muitas oportunidades, tentamos chegar ao gol de todas as formas e não conseguimos aproveitar. Criamos bastante e infelizmente fomos infelizes. Agora, é pensar na seleção da França, na próxima semana. Essa partida já foi - finalizou.

 

 

PRÓXIMA PARTIDA

 

Para abrir vantagem em cima dos peruanos, a Dinamarca enfrenta a Austrália, na quinta, dia 21, às 9h00, em Samara. O time de Paolo Guerrero tentará se recuperar também no dia 21, quando encara a França, ao meio dia, em Iekaterinburgo.

 

FICHA TÉCNICA
PERU 0 X 1 DINAMARCA

 

Local: Mordovia Arena - Saransk
Data: 16 de junho de 2018 (Sábado)
Horário: 13h (de Brasília)

 

Árbitro: Bakary Gassama (GMB)

 

Gols: Yussuf Poulsen 13’/2ºT

 

Cartões amarelos: Renato Tapia (Peru), Thomas Delaney e Yussuf Poulsen (Dinamarca)

 

PERU: Pedro Gallese; Luis Advíncula, Christian Ramos, Alberto Rodriguez e Miguel Trauco; Yoshimar Yotún, Renato Tapia (Pedro Aquino), Edison Flores (Paolo Guerrero), Christian Cueva e André Carrillo; Jefferson Farfán (Raúl Ruidíaz)
Técnico: Ricardo Gareca

 

DINAMARCA: Kasper Schmeichel; Jens Stryger Larsen, Anders Christensen (Mathias Jørgensen), Simon Kjaer e Henrik Dalsgaard, Thomas Delaney, William Kvist (Lasse Schöne), Pione Sisto (Martin Braithwaite), Christian Eriksen e Yussuf Poulsen; Nicolai Jorgensen
Técnico: Age Hareide

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