Com Salah no banco, Uruguai marca no fim e estreia com vitória na Copa da Rússia
Forte marcação do Egito não resiste à pressão celeste e zagueiro Giménez marca gol da vitória no fim do jogo
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- Vicente Almeida
- Esportes
- 15 Junho 2018 - 12:01
Tipicamente Uruguaia. Assim podemos definir o que foi a vitória da Celeste sobre o Egito, por um a zero, na estreia das suas seleções na Copa do Mundo Rússia 2018, nesta sexta, em Iekaterinburgo. Drama, catimba e a famosa “raça” foram alguns dos protagonistas da partida que só foi decidida nos últimos minutos. Mesmo com Edinson Cavani e Luiz Suárez, considerados uma das melhores duplas de ataque entre todas as equipes que disputam o Mundial, foi o zagueiro Gonzáles que subiu mais alto que os defensores egípcios para fazer o gol da vitória sul-americana, para tristeza de Mouhamed Salah, destaque do Liverpool na última Champions, que foi poupado devido a uma contusão no ombro e assistiu o jogo do banco de reservas.
JOGO SONOLENTO NA PRIMEIRA ETAPA DE FORTE MARCAÇÃO EGÍPICA
O primeiro tempo começou bem lento, com forte marcação egípcia e com os uruguaios apostando em lançamentos e cruzamentos na área. O time Uruguaio tentava, a todo custo, fugir da barreira dos egípcios. Pelo lado sul americano, Muslera fazia lançamentos longos para abrir o ataque uruguaio, mas o time africano estava atento. Aos 23, Cavani recebeu na entrada da área, matou no peito e chutou com força, a boa iria em direção ao gol, mas desviou no zagueiro e foi para escanteio. Na cobrança, Suarez, dentro da pequena área, perdeu uma chance incrível. O atacante do Barcelona finalizou como o tornozelo e a bola foi na rede pelo lado de fora, naquela que foi a melhor oportunidade do primeiro tempo.
Aos poucos a técnica da seleção celeste tentava se sobrepor e criar mais chances para furar o bloqueio dos adversários. Parecia questão de tempo para os Uruguaios abrirem o placar, porém faltava capricho no último passe e nas finalizações, além disso, o meio campo do time não rendia, obrigando os jogadores de defesa a tentarem armar as jogadas. No fim do primeiro tempo, o meia Warda que era o principal jogador dos africanos e tinha criado as principais oportunidades do Egito caiu em campo sentindo uma lesão nas costas, mas foi apenas um susto. No fim da primeira etapa o Egito se aproveitou dos
PRESSÃO CELESTE E GOL NO FINAL, NO MELHOR ESTILO URUGUAIO
O time uruguaio voltou com tudo na segunda etapa, logo no primeiro minuto, Cavani fez belo passe para Luis Suarez que chutou cruzado para grande defesa de El Shenawy. Na sequencia, foi a vez do Egito procurar incomodar a zaga adversária. Trezeguet tentou contra ataque e foi desarmado por Godin. O volante Hamed se contundiu e foi substuido por Morsen. Passada a euforia inicial, os times voltaram a mostrar a monotonia do primeiro tempo. O técnico Óscar Tabárez fez duas mudanças no meio campo para tentar dar mais mobilidade à equipe celeste. Saíram Nándes e Arrascaeta e entraram Carlos Sánchez e Cristian Rodríguez. Após mais uma chance perdida por Suarez, o técnico egípicio trocou o atacante Marwan Mohsen pelo atacante Kahraba.
O Uruguai tentava o gol, Suarez, mais uma vez, perdeu ótima chance ao receber passe de Cavani e chutar em cima do goleiro El Shenawy. O Egito buscava o contra ataque, mas parecia respeitar demais a seleção adversária. Nos dez minutos finais, os sul americanos partiram com tudo para buscar a vitória. Suárez lançou Cavani na área, o atacante bateu forte para uma defesa fantástica do goleiro egípicio. A temperatura do jogo subiu e os uruguaios partiram definitivamente em busca do gol. Aos 43, Cavani cobrou falta na trave, na sobra a zaga egípcia cortou. A pressão continuou, Gimenez recebeu na ponta direita e foi derrubado. Falta que Carlos Sánchez cobrou e o mesmo Gimenez subiu para, na marca do pênalti, cabecear no canto esquerdo do goleiro AL El Shenawy, fazendo o gol uruguaio, aos 44 minutos. Um duro golpe para os egípcios que resistiram bravamente à pressão celeste, especialmente na segunda metade da última etapa. Os africanos tentaram reagir, mas só deu tempo de Morsy e Hegazy receberem os primeiros cartões amarelos da partida.
Autor do gol da vitória, o zagueiro Gimenez analisou o jogo. – Foi uma partida boa, fizemos o que pudemos, nos esforçamos muito e agora é ir em frente, continuar buscando os resultados na competição para atingir um melhor rendimento – disse. O capitão da Celeste Olímpica, Godin também falou da dificuldade imposta pelos egípcios ao jogo uruguaio. – A partida estava muito difícil e a partida foi frente a um grande rival. Nós jogamos bastante, mas o Egito é uma equipe muito forte. Precisamos de várias tentativas até fazer o gol – finalizou.
PRÓXIMA PARTIDA
O Egito tenta se recuperar da derrota na terça, dia 19, às 15h (horário de Brasília), quando encara os donos da casa em São Petersburgo. No dia seguinte, os Uruguaios enfrentam a Arábia Saudita, ao meio dia (horário de Brasília), em Rostov.
FICHA TÉCNICA
EGITO 0 X 1 URUGUAI
Local: Iekaterimburgo (RUS)
Data: 15 de junho de 2018 (Quinta)
Horário: 09h (de Brasília)
Árbitro: Bjorn Kuipers (HOL)
Gols: José Giménez 44’/2ºT
Cartões amarelos: Sam Morsy (Egito) e Ahmed Hegazy (Egito)
EGITO: El-Shenawy; Ahmed Fathi, Hegazy, Ali Gabr e Abdel-Shafi; Hamed (Morsy), Elnery, Said, Amr Warda (Ramadan Sobhi) e Treziguet; Mohsen (Mahmoud Kahraba)
Técnico: Héctor Cúper
URUGUAI: Muslera; Varela, Giménez, Godín e Cáceres; Vecino (Lucas Torreira), Bentancur, Nández (Carlos Sánchez) e De Arrascaeta (Cristián Rodríguez); Luis Suárez e Edinson Cavani
Técnico: Óscar Tabárez