Marina Silva diz que Palocci está em situação complicada
Em entrevista exclusiva para O TERMINAL, Marina Silva comenta aprovação do Código Florestal e o início do governo Dilma
- Detalhes
- Vicente Almeida
- 06 Junho 2011 - 23:35
Marina Silva atingiu uma marca impressionante nas eleições presidenciais de 2010. Tida como alternativa em relação às duas forças políticas que governam o país há quase vinte anos, a senadora do Acre conquistou dezenove milhões de votos no primeiro turno da corrida presidencial. As histórias e notas colecionadas ao longo dos meses de campanha foram reunidas em “Efeito Marina”, livro de autoria do político Alfredo Sirkis, um dos coordenadores da campanha da senadora, que foi lançado na noite desta terça-feira no Rio de Janeiro.
Em entrevista exclusiva ao jornal O TERMINAL, Marina Silva se mostrou reticente em comentar a situação do ministro-chefe da Casa Civil, Antônio Palocci, que viu seu patrimônio pessoal crescer vinte vezes em quatro anos.
- A situação que o ministro se encontra é uma coisa muito complicada. Essa questão ainda não está muito clara. É um assunto que precisa de mais investigação e de mais transferência da parte de todos os envolvidos – disse Marina.
A ex-senadora aproveitou para comentar a aprovação, em primeira instância, do texto que irá regulamentar o novo Código Florestal Brasileiro e os primeiros meses do governo de Dilma Rousseff.
- Eu não quero e nem vou ficar torcendo para que o governo se dê mal. Não pode haver uma campanha para que a presidente vete o que lhe foi encaminhado pela Câmara, mas é preciso que exista uma celebração de um código bem aprovado no Congresso. A presidente tem feito coisas boas como o afastamento do presidente do Irã, mas a licença da para a construção da Usina de Belo Monte e o desmonte ecológico e ambiental é algo que mereçe mais atenção – afirmou.
Alfredo Sirkis lembrou-se de passagens da campanha e comentou como surgiu a ideia do livro.
- A campanha da Marina foi do coração, uma experiência totalmente nova em política. Brasileiro não se interessa e não gosta de política, mas é politizado. As pessoas se informam a respeito quando vão votar. Fomos colecionando passagens ótimas ao longo do primeiro turno e resolvi compilar tudo em um livro. Queria ter lançado antes, mas acho que ele ainda está muito atual – finalizou o auto.